Lanço aqui um glossário para fazer companhia aos textos que vão surgindo.
Glossários propõem-se a jogar luz sobre o que está obscuro, nebuloso, duvidoso, dividido, incompreensível. Propõem-se também a definir. Todavia: definição determina, delineia, classifica, insere em categorias, em outras palavras, limita e, ali no fim da linha, ameaça aprisionar.
Se por um lado jogar luz clareia a escuridão do conhecimento escasso, por outro lado, definir tende a cristalizar a mente humana, que está sempre em busca de certezas que lhe transmitam segurança sobre como conduzir a vida. Cristalizações sucessivas trazem consigo o perigo da paralisia. Mentes de grande inteligência e conhecimento, academicamente treinadas em padrões considerados de excelência, correm, sim, perigo de travar em paradigmas de consenso tidos como certos e inabaláveis, e de perder o senso de uma percepção imediata de realidade.
Dedico este blog a seguir o agora. O agora pode parecer incerto e inseguro, e é então que queremos defini-lo para saber em que direção aponta. Mas também pode oferecer um leque infinito de possibilidades de criação de realidades segundo as escolhas que nos permitirmos fazer para viver uma vida boa, bela e soberanamente autêntica seguindo o nosso saber mais profundo, o do coração.
Uma miríade de pensamentos e consequentes experiências, foram desde sempre plasmados na biblioteca cósmica comumente chamada de registros akashicos, saberes infinitos carimbados no éter, ou vácuo cósmico, de acesso ilimitado para todos e cada um de nós.
Assim, que glossários possam trazer-nos inúmeros pontos de vista interessantes. São apenas pontos de vista, que se dão conta de que não passam de um aspecto limitado de uma verdade inacessível, mas da qual nos aproximamos, não mais do que isso, à medida que o espectro dos saberes provenientes de uma grande quantidade de filtros mentais se amplia e cria espaços compartilhados, benevolentes e compassivos.