“A palavra [em sânscrito] nirodha vem da raiz rudh com o prefixo ni, e significa segurar, prender, confinar, dominar.” (Gloria Arieira, “O yoga que conduz à plenitude: Os Yoga Sutras de Patanjali”)
Entre os especialistas e estudiosos de yoga, o termo é usado nesse seu significado acoplado às inevitáveis flutuações da mente humana, que impedem o estado realizado do yoga, o vrtti-nirodhah. Assim, domínio dos movimentos da mente é a definição de yoga mais sucinta e emblemática possível.
Para uma compreensão mais ampla ofereço, com a devida cautela, alguns conceitos que pouco a pouco podem revelar o quão prática é a filosofia milenar do yoga, perfeitamente aplicável às questões e angústias de ordem emocional e psicológica do cotidiano da humanidade contemporânea.
- Controle voluntário das flutuações da mente humana, direcionando-a pacientemente para um estado de harmonia e clareza
- Rearranjo, recomposição, reorganização de caminhos neurais
- Pacificação da mente
- O caminho proposto por Patanjali para chegar ao objetivo do yoga
- Desparticularização dos conteúdos da mente, para que ela possa retornar ao fluir desimpedido
- Permitir à partícula cristalizada como ponto de vista o seu retorno ao estado de onda
- Suspender o juízo, inclusive sobre si mesmo
- Recolher para “dentro” o que se espalhou para “fora” sob a forma de projeção para que possa ser reconhecido
- Retorno à potência do SER mediante o bom uso de energia, espaço e consciência
- Reestruturação profunda dos padrões e programas mentais
- Voltar a atenção à vida interior para reconectar com a Fonte criadora suprema
- Dar-se conta de que o ego protege a sua própria existência, por meio de estratagemas de distração infindáveis, negando a presença, na mente processadora, desse seu poder de escolha e livre-arbítrio. (Um Curso em Milagres)